Marcha da maconha ocupa a Avenida Paulista pela legalização

Depois de cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, neste sábado (19) é a vez de São Paulo sediar a Marcha da Maconha 2012, no vão do  Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central. A manifestação pede a legalização da droga; no final do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu sobre a legalidade desse tipo de manifestação.


A concentração para a marcha em São Paulo começa às 13h, com saída prevista para as 16h20. Além da capital paulista, a marcha acontece hoje também nas cidades de Curitiba (PR), Manaus (AM), Petrópolis (RJ) e Salvador (BA).

Com o lema “Basta de guerra: por outra política de drogas", a marcha paulistana espera que este ano o número de participantes supere os 5.000 do ano passado. Além da Paulista, a manifestação deve percorrer as ruas Augusta, Dona Antônia Queiroz e Consolação, até chegar à avenida Ipiranga e terminar na Praça da República.

“Tivemos financiamento de R$ 15.760 de adeptos da ideia e queremos fazer uma marcha bem bonita e pacífica. E como a decisão do STF já vem sendo difundida desde 2011, esperamos que de fato venha mais gente que no ano passado”, afirmou Rodrigo Vinagre, um dos organizadores do movimento.

Segundo Vinagre, os participantes têm sido orientados, via redes sociais, a não consumirem droga durante o ato. “Fizemos uma comissão de segurança para prestar essas orientações. Também pedimos e vamos pedir de novo que os participantes não provoquem policiais, guardas civis nem reajam a provocações de agitadores contrários à marcha”.

O coordenador disse também que órgãos como Polícia Militar e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) foram notificados sobre a marcha, que, amanhã, acontece também nas cidades de Aracaju (SE), Atibaia, Jundiaí (SP), Natal (RN) e Recife (PE). Entre maio e junho, a marcha deverá ser realizada em 37 cidades brasileiras.

Fonte: UOL
Profº Cleber de Oliveira

DF: exposição marca Dia Nacional de Combate ao Abuso de menores

Com o objetivo de marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta sexta-feira (18), foi aberta uma exposição no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, que exibe cartazes sobre o tema feitos por cerca de 50 crianças de 17 centros de Orientação Socioeducativos. 


O objetivo da mostra é chamar a atenção da população para alertar sobre o problema da violência sexual. A exposição foi segue aberta até 25 de maio, das 9h às 20h.

A iniciativa da exposição partiu da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal (Sedest) , em parceria com a Secretaria de Cultura, que incentivou a criação dos cartazes durante as aulas de artes nos centros. Segundo o secretário da Sedest, Daniel Seidel, os centros socioeducativos trabalham para que crianças e adolescentes sejam orientados sobre seus direitos.

"Há uma estipulação de trabalhos dos mais variados nas agendas pedagógicas desses centros. A ideia é que a cultura da cidadania comece a tomar espaço nos lugares onde são apresentadas obras de arte, dando maior visibilidade ao tema em Brasília. No futuro, essas crianças serão agentes contra a exploração sexual. O trabalho da educação é muito válido, pois é para a vida inteira", disse Seidel.

De acordo coordenadora do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Bernardo Sayão, Thelma Melo, os centros são importantes para que as crianças e adolescentes, sexualmente abusados ou não, sejam acolhidos e recebam orientações sobre como proceder diante do problema.

"Muitas delas têm vergonha de admitir que foram abusadas por alguém. Então, a gente trabalha na prevenção para que essas crianças possam lutar e denunciar os agressores. A ideia de reunir os cartazes em uma exposição veio para apresentar como as crianças estão recebendo essa temática da exploração", disse Thelma.

Para frequentar os centros de convivência, as crianças e adolescentes, de 5 a 15 anos, são inscritos no Centro de Referência da Assistência Social (Cras). A coordenadora explica que os trabalhos são feitos em contra-turno escolar, com uma série de atividades programadas, como redação, educação física, aulas de arte e informática. As crianças não têm tempo estabelecido para permanecer nos centros, variando de acordo com a necessidade da família.

Thelma explica que o início dos trabalhos com as crianças sexualmente exploradas muitas vezes não é fácil. "Muitas delas têm vergonha de relatar o problema. Quando elas chegam até nós é realizado uma série de atividades para que ela interaja com as outras, para que no futuro, sejam agentes contra esses abusos".

Guilherme dos Santos, 10, estava empolgado com a exposição. Em seu cartaz, ele se inspirou nas orientações que recebeu no centro de convivência. Mesmo com a pouco idade, o garoto está consciente sobre os problemas de exploração contra crianças. "Eu escrevi que a gente não deve ficar calado, pois no centro aprendemos que abuso sexual é crime".

Ana Vitória da Silva, 12, decidiu participar da exposição quando um professor perguntou quem estava interessado em desenhar um cartaz sobre o tema. Ela também se inspirou nas orientações que recebeu no centro de convivência. "Estou gostando muito de participar para que outras pessoas se conscientizem sobre esse problema. Se alguém sofre esse tipo de violência, ele precisa procurar ajuda, ligar e denunciar o que aconteceu", disse Ana Vitória.

Amanda Pablino, 12, criou seu cartaz por achar que é importante que as pessoas saibam como se defender. "No meu cartaz, eu desenhei uma menina que estava voltando para casa e um homem desconhecido a chamou para ir até a casa dele. Depois, ela disse que tinha esquecido alguma coisa e correu para denunciar".

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, quando a menina Araceli, de apenas 8 anos, no dia 18 de maio de 1973 foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). O assassinato foi prescrito e, com isso, os criminosos não foram penalizados.

Fonte: Agência Brasil

Profº Cleber de Oliveira