Educação, Esporte e Lazer são carros-chefe da campanha de Orlando


Dedicado a melhorar a qualidade de vida dos moradores de São Paulo, o candidato à Câmara dos Vereadores do PCdoB, Orlando Silva, percorreu neste fim de semana regiões carentes de recursos para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Jardim Rosa Maria, Santa Margarida, Parque Novo Mundo e Barra Funda foram alguns dos lugares visitados pelo candidato.


Fábio Bardella
Orlando na zona sul
Orlando recebeu apoio dos moradores da Zona Sul no fim de semana

Na visita à Sociedade Amigos do jardim Rosa Maria, localizado no extremo sul de São Paulo, Orlando contou sua trajetória até chegar ao ministério do governo Lula e conversou com educadores que, assim como ele, estão preocupados em garantir um futuro melhor para as próximas gerações.

Em São Paulo, 150 mil crianças disputam vagas nas creches. Com base nessa realidade, Orlando Silva defendeu a educação como elemento-chave para uma São Paulo melhor. “Nasci em um bairro muito simples e eu tive duas alternativas: ou eu me rendia a dificuldades que a vida me impunha ou lutaria com toda minha energia e minha força para abrir caminhos. Preferi lutar e cheguei onde estou”.

“O primeiro passo é construir mais creches. Feito isso, precisamos recorrer à valorização dos profissionais de educação, desde o salário até a preparação que viabiliza o acesso ao conhecimento. Para a eficiência do processo pedagógico, parcerias com entidades filantrópicas, religiosas e associações – além do apoio da prefeitura – ajudarão a manter o crescimento integral do aluno”.

Educação integrada ao esporte

Em busca de constituir uma espécie de rede de proteção que possibilita além do aprendizado, saúde para o desenvolvimento da criança, o esporte tem papel importantíssimo na constituição desse cenário.

O ex-ministro trouxe para o Brasil a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Dessa conquista, o Brasil colherá ótimos frutos para o desenvolvimento do país, como, por exemplo, a geração de empregos. Porém, Orlando enxerga o esporte como uma extensão do ensino, que auxilia na atenção e da disciplina do aluno, além de promover o bem estar e o lazer.

“Precisamos de uma cultura que estimule o esporte para a produção de saúde. Essa é a minha primeira candidatura e, quando chegar à Câmara dos Vereadores, é a Educação e o Esporte que vou defender”.

Onde quer que Orlando Silva esteja o clima é de festa. Entusiasmados, moradores de norte a sul da cidade expressam confiança na campanha que o elegerá a vereança em outubro de 2012.

Mais informações: facebook.com/orlandosilvasp

Filme censurado sobre Brasilia é retomado, 40 anos depois


Em 1967, Joaquim Pedro de Andrade, um dos diretores expoentes do Cinema Novo brasileiro, mostrava no documentário "Contradições de Uma Cidade Nova", produzido durante a construção de Brasília, o desenvolvimento desordenado de periferias pobres do Distrito Federal.


O filme de Andrade revelava uma tendência social inconveniente que já despontava naquela época e que destoava da imagem de ícone do modernismo que a nova capital começava a construir.

O filme acabou censurado pelos próprios patrocinadores e estava desaparecido há décadas após ter sido exibido uma única vez no Festival de Cinema de Brasília. Mas uma cópia da produção foi encontrada nos arquivos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, escondida pelo próprio diretor para que não sofresse cortes.

Projeto retomado

Agora, mais de 40 anos depois, a história gravada por Andrade inspira a produção de um novo filme, que está sendo rodado pelo documentarista radicado em Brasília, Gestsemane Silva, e pelo roteirista e parceiro de direção Santiago Dellape. "Plano B" resgata a história das filmagens do "Contradições de Uma Cidade Nova" e reconta o surgimento das periferias de Brasília.

Além de buscarem personagens envolvidos na produção do filme de 1967, os cineastas refilmaram 32 planos idênticos para comparar o que mudou nos cenários.

O que mais chamou a atenção de Gestsemane no filme de Joaquim Pedro foi a atualidade do assunto. "Hoje a gente vê as mesmas questões colocadas há 45 anos. O nosso filme mostra que eles estavam certos, que deram um conselho que foi ignorado. Vamos mostrar isso", comenta o documentarista.

Com a comparação entre os locais e com a história descoberta por trás deles, o documentário acaba revelando que as políticas públicas "planejaram" uma periferia empobrecida nas cidades-satélites do DF.

Ao todo, foram 24 dias de gravações no Rio de Janeiro, São Paulo e em Brasília. A previsão é de que o longa-metragem fique pronto em 2013, quando será exibido em festivais e no circuito comercial.

Frente Parlamentar elabora carta-compromisso com a cultura


A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, presidida pela deputada Jandira Feghali, elaborou uma carta-compromisso contendo princípios e metas para as políticas públicas da área, com o objetivo de subsidiar a plataforma dos candidatos às eleições deste ano. As propostas e diretrizes devem servir ao debate entre candidatos e movimentos sociais.


A carta está disponibilizada para download no site http://frenteparlamentardacultura.org, e pode ser adequada segundo as especificidades de cada localidade, sendo utilizada de forma parcial ou em sua totalidade pelos seus signatários.

"Desta forma, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura no Congresso Nacional acredita contribuir de forma propositiva, ampla e democrática, para elevar a Cultura como elemento central no desenvolvimento do Brasil e dos brasileiros", diz a frente.

Os signatários do documento se comprometerão a tratar a cultura como prioridade estratégica, através de mecanismos permanentes que visem sua consolidação como política de Estado. "A cultura deve ser valorizada em seus múltiplos aspectos, considerando a diversidade cultural do nosso povo. As políticas públicas de cultura devem ser pensadas como elementos de aproximação entre o Estado e a sociedade. Neste sentido, as administrações municipais devem compreender a cultura como elemento de democratização desta relação. Políticas culturais emancipatórias contribuem para a criação de uma nova cultura política", diz a carta.

Depois de falar dos princípios que devem nortear as políticas para a cultura, o documento enumera diversas metas, relacionadas a gestão e estrutura, financiamento, educação e cultura, protagonismo social e cultura e cidade. As sugestões vão desde o apoio à aprovação da proposta de emenda constitucional que estabelece que 1% dos recursos do orçamento do município devem ser aplicados na cultura, até a crianção de mecanismos para democratizar a gestão cultural.

O documento também é mais espeífico em alguns casos, propondo, por exemplo, a criação de um segundo turno cultural nas escolas em tempo integral, através de ações voltadas para a cultura e o esporte, ou mesmo a implantação de rádios e TVs comunitárias.

A Frente Parlamentar Mista da Cultura, presidida pela deputada fluminense Jandira Feghali (PCdoB), foi lançada em 6 de abril de 2011. É uma dos mais importantes colegiados do Congresso Nacional e reúne mais de 300 congressistas, que pretendem debater temas estruturantes para a consolidação das políticas públicas culturais no país. 

Um dos principais objetivos do grupo, segundo determina seu próprio regimento, é acompanhar a política governamental, os projetos e programas direcionados à promoção da cultura e à preservação do patrimônio histórico (material e imaterial), arquitetônico, além de incentivar e fomentar mecanismos de preservação e difusão da cultura popular brasileira.

Leia a íntegra da carta no documento anexo.

Em 2012, Brasil vai gerar até 1,5 milhão de empregos


A alta na demanda do setor de serviços, com reflexo no crescimento do consumo de bens industriais, deve fazer com que o País gere 1,5 milhão de empregos em 2012, na avaliação de especialistas que participaram nesta segunda-feira (20), do seminário "Competitividade - o Calcanhar de Aquiles do Brasil", realizado pela da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP).


Emprego
Em julho, foram criados 142,5 mil empregos
A expectativa é reforçada pelos dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que apontaram uma criação de 142,5 mil empregos no mês passado - acima das projeções mais otimistas.

Para o presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP, José Pastore, "a massa salarial vigorosa e os reajustes nos salários" têm impacto no setor de serviços e, consequentemente, provocam um reflexo na produção industrial. "Isso deve garantir um bom quadro no emprego até o final do ano", disse. "Mas, no momento, o que nos preocupa é a redução na capacidade de investimento da indústria, que pode trazer problemas para 2013", completou.

Para o ex-ministro do Trabalho e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Walter Barelli, ainda não é possível avaliar o nível de impacto na geração de emprego industrial das medidas pontuais de redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) nos setores automotivo e de linha branca, previstas para acabar no dia 31. "É certo que isso gerou consumo, mas para saber se as medidas puxaram as vendas de estoques ou geraram produção, isso só quando elas acabarem", disse Barelli.

Segundo o ex-ministro, a curva de emprego cresce naturalmente no segundo semestre, "principalmente porque no primeiro semestre há um ingresso grande de recém-formados no mercado de trabalho e o aumento nas demissões após o final do ano".

Já na avaliação de Clemente Ganz Lucio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), a criação de até 1,5 milhão de empregos em 2012 seria um resultado muito bom, diante do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil entre 1,5% e 2%. "Mesmo com um crescimento menor, a indústria segura o emprego para atender a demanda", disse.

Para o representante do Dieese, "não dá para imaginar, no entanto, que o crescimento de empregos na indústria será contínuo". O desafio, na avaliação de Lucio, é crescer em produtividade, uma das respostas à falta de investimentos do setor apontado por Pastore. "Os ganhos de produtividade trazem aumentos nos salários, maior oferta, maior consumo e criam um círculo virtuoso", concluiu.

Já segundo Mário Bernardini, membro do Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a queda no ingresso da pessoas que entram no mercado de trabalho anualmente para a metade do nível do que era há dez anos é suficiente para não piorar o desemprego. "O Brasil, do ponto de vista do emprego, não precisa crescer mais que 2,5% ao ano", disse.

Fonte: Agência Estado