José Antonio Lima: Os Jogos Olímpicos do machismo

Os Jogos Olímpicos de Londres expõem de forma intensa uma característica um tanto lamentável do jornalismo esportivo, o machismo. No Brasil e no exterior, veículos de imprensa abusam de fotos e notícias cujo destaque é a beleza do corpo de determinadas competidoras e não sua capacidade atlética. É uma contradição da própria função do jornalismo, provocada por uma série de fatores.


Por José Antonio Lima, em carta Capital



O machismo aparece principalmente nos portais de notícias na internet e nas versões online das publicações. Assim, um óbvio causador deste fenômeno é o culto ao “clique”, existente em todo o mundo e particularmente relevante no Brasil. A lógica é a seguinte: se a sua peça jornalística não tem um determinado número de acessos, ela é irrelevante.

Assim, melhor do que entrevistar especialistas para mostrar como o corpo da norte-americana Missy Franklin é perfeito para a natação, é fazer uma galeria de fotos com atletas gostosas, como a do jornal italiano Gazzetta dello Sport. O trabalho é muitas vezes facilitado pelas agências de notícias, que no vôlei de praia (esporte no qual as mulheres podem usar biquínis) chegam ao cúmulo de cortar a cabeça das atletas de uma foto e destacar o bumbum. Além de fácil, as galerias são rápidas e, o principal, dão muitos cliques.

Soma-se à busca ansiosa pela audiência (mesmo que de baixo nível), o fato de algumas atletas não se importarem em aparecer para o público graças a seus atributos físicos, e não atléticos. A revista espanhola Interviú publica nesta semana uma reportagem sobre alguns dos principais temas do esporte olímpico, como a remuneração dos atletas e o doping. As principais personagens da reportagem são Patricia Sarrapio, que vai representar a Espanha no salto triplo, e Ana Torrijos, corredora que se machucou e não vai aos Jogos. Como o texto é ilustrado? Com fotos de Patricia e Ana, juntas e completamente nuas, em paisagens londrinas.

Dar um destaque maior, na cobertura das Olimpíadas, a atletas bonitas em detrimento de outras que sejam esportistas melhores, consiste um absurdo jornalístico. A função básica do jornalismo é avaliar e explicar à população o que é ou não relevante em determinado assunto, e com o esporte não deveria ser diferente. Fazer isso é tratar o esporte como algo pouco sério.


Fonte: Portal Vermelho

Venezuela: Sistema democrático e participação popular

“Ditador”, “caudilho” e “populista” são alguns dos adjetivos utilizados por parte da mídia venezuelana para desqualificar o presidente venezuelano Hugo Chávez. Mas, após vencer três eleições presidenciais e enfrentar 12 pleitos - entre referendos e eleições municipais - é correto afirmar que existe algum tipo de ditadura comandada por Chávez?




Venezuela: Sistema democrático e participação popular

Fonte: Portal Vermelho

No poder há mais de 13 anos e candidato à reeleição para o pleito do próximo dia 7 de outubro, Chávez é fruto da crise e da contradição em que vivia a sociedade venezuelana nos anos 80 e 90. A riqueza proveniente do petróleo estava concentrada nas mãos de poucos, enquanto a maioria da população vivia em extrema pobreza.

Ao fortalecer o Estado e destinar os recursos do petróleo para programas sociais e melhoria de vida da população, Chávez diminuiu a pobreza extrema em 50% e transformou a Venezuela no país com o menor índice de desigualdade social da América Latina, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Para conhecer mais as relações entre o Brasil e a Venezuela acompanhe a edição do Destaques do Vermelho que reproduz especial da Rádio Agência NP 'Venezuela no passos do desenvolvimento':

Judocas ressaltam importância do bolsa-atleta nas Olimpíadas

Aplaudidos pelos jornalistas brasileiros na entrada da coletiva de imprensa, na tarde deste domingo (29), na Casa Brasil, em Londres, os medalhistas olímpicos Sarah Menezes e Felipe Kitadai descreveram a experiência de subir ao pódio na Olimpíada. “É o sonho de todos os atletas receber uma medalha, principalmente um ouro”, disse a judoca Sarah.


Agência Brasil
Sarah Menezes
Sarah Menezes conquistou a primeira medalha de ouro feminina do Brasil no Judô
A piauiense, de 22 anos, falou sobre sua relação com a cidade natal e os treinamentos em Teresina. “Nunca saí de Teresina. Com o tempo, conseguimos montar uma estrutura de treinamento em minha cidade. Considero que tenho duas famílias: uma em Teresina e a outra na seleção. Sou muito nova e tenho ainda dois ciclos olímpicos para disputar”, comentou Sarah. A jovem, que recebe o auxílio do Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, desde 2006, tornou-se a primeira mulher do país a garantir ouro no judô, logo no primeiro dia de competições oficiais dos Jogos de Londres.

Já o medalhista de bronze e também bolsista Felipe Kitadai revelou a tática para subir ao pódio. “A minha estratégia era ganhar todas as lutas. Mas não foi possível, pois acabei perdendo o terceiro combate, contra o atual primeiro lugar do ranking. Depois consegui me recuperar para conquistar a medalha de bronze para a gente”, afirmou o judoca.

Sarah Menezes ressaltou a importância do programa Bolsa-Atleta na retenção de atletas e na formação de novos talentos no esporte. “A ajuda é fundamental na base, com atletas juvenis que procuram o objetivo de chegar um dia aos Jogos Olímpicos”, disse.

Parceria

Para o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley Teixeira, o Ministério do Esporte é um grande aliado do judô. “O governo federal é um grande parceiro de todos os esportes brasileiros e contribui para o judô com ações como o Bolsa-Atleta, convênios e a Lei de Incentivo ao Esporte. Só temos a agradecer ao governo, especificamente ao ministro Aldo Rebelo e à presidenta Dilma Rousseff, por tudo que tem oportunizado para o esporte brasileiro.”

Paulo Wanderley ressaltou a visita de Aldo Rebelo, que cumprimentou diretamente os medalhistas olímpicos. “O ministro e o secretário Ricardo Leyser (secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento) prestigiaram os atletas do judô e demonstram o carinho que têm com o esporte brasileiro. O judô mostrou que está fazendo o seu dever de casa e dando o retorno esperado. A visita foi importante: nos sentimos lisonjeados”, completou.

O Brasil está atualmente na oitava posição no ranking de medalhas com uma medalha de ouro (Judô), uma de prata (Natação) e uma de bronze (Judô). O quadro é liderado pela China, que tem, até o momento, 12 medalhas, sendo seis de ouro.

Fonte: Ministério do Esporte