Só um senador votou contra o sistema de cotas nas universidades federais




Vai à sanção política de cotas em universidade federais
A política de cotas para ingresso nas universidades e escolas técnicas federais foi aprovada pelo Plenário do Senado na noite desta terça-feira (8). O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 180/2008, que assegura metade das vagas por curso e turno dessas instituições a estudantes que tenham feito o ensino médio em escolas da rede pública, foi aprovado em votação simbólica e agora segue para sanção presidencial.
Pelo projeto, pelo menos 50% das vagas devem ser reservadas para quem tenha feito o ensino médio integralmente em escola pública. Além disso, para tornar obrigatórios e uniformizar modelos de políticas de cotas já aplicados na maioria das universidades federais, o projeto também estabelece critérios complementares de renda familiar e étnico-raciais.
Dentro da cota mínima de 50%, haverá a distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população em cada estado, tendo como base as estatísticas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A política de cotas tem validade de dez anos a contar de sua publicação.
A medida foi defendida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que informou que, de cada dez alunos do país, apenas um estuda em escola privada. Ou seja, o projeto beneficiaria a ampla maioria dos estudantes brasileiros. A senadora Ana Rita (PT-ES) também saiu em defesa da proposta, garantindo que o projeto faz “justiça social com a maioria da população brasileira”.
Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) citou os Estados Unidos como exemplo bem-sucedido da política de cotas nas universidades. Ele disse que o país, que era extremamente racista em um passado próximo, após adotar a política de cotas raciais nas universidades, tem agora um presidente negro. Para o senador, no Brasil é preciso adotar ações afirmativas para assegurar oportunidade a todos.

Perda de autonomia

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) reprovou a iniciativa sob o argumento de que “impõe camisa de força” a todas as universidades federais brasileiras, ao ferir sua autonomia de gestão. Além disso, argumentou o senador, para que o ensino superior seja de qualidade, é preciso adotar um critério de proficiência, ou seja, que os alunos que ingressem na instituição tenham notas altas.
Outra crítica do senador ao projeto é a exigência de que as vagas para cotas raciais, por exemplo, sejam proporcionais ao contingente de negros ou índios existentes no estado onde se localiza a instituição de ensino.
Aloysio Nunes observou que um negro inscrito em uma universidade de Santa Catarina disputaria um número menor de vagas do que outro estudante, também negro, mas inscrito em uma instituição da Bahia. Aloysio Nunes foi o único senador a votar contrariamente ao projeto em Plenário.

Agência Senado

Bienal começa com homenagem a Jorge Amado e Nelson Rodrigues

A 22ª Bienal Internacional do Livro será aberta na manhã de hoje (9) com 37% mais expositores, somando 480, em relação à edição anterior (350). O aumento foi impulsionado principalmente pela maior presença de editoras internacionais.


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Bienal começa hoje.
Serão 137 expositores estrangeiros contra 67 no ano passado, crescimento de 100%. Alemanha, Suíça, França, Espanha, Bélgica, China, Coreia, Japão, Colômbia, Peru e Canadá serão alguns dos países presentes. A participação das editoras nacionais também aumentou, de 283 para 346, salto de 22%.

Promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), espera-se também público maior na edição deste ano. A previsão é que 800 mil pessoas visitem a feira, ante 743 mil no ano passado, segundo os organizadores. Outra expectativa é quanto à venda de livros. Em 2011, as vendas de livros cresceram 7,2% no Brasil, na comparação com 2010, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe). Pelos números da Fipe, no ano passado, os brasileiros compraram cerca de 470 milhões de livros, um recorde de vendas para o setor.

De acordo Mansur Bassit, diretor executivo da CBL, a produção e a venda do mercado editorial estão bastante aquecidas, em função, principalmente, das compras do governo por meio do Plano Nacional do Livro Didático.

A queda do preço do exemplar também contribuiu para a alta das vendas. No acumulado de 2004 a 2011, houve redução real de 44,9% (média), conforme a CBL. Em 2010, o preço médio do livro era R$ 12,94 e, em 2011, caiu para R$ 12,15.

Na bienal, os livros digitais também vão marcar presença. Segundo Mansur Bassit, os títulos nesse formato são cada vez mais procurados na feira e convivem em harmonia com o livro de papel. “Ele [formato digital] tem muito para expandir em um país com tanta demanda. E veio para ficar junto com o livro impresso”, disse. Em 2011, 5,2 mil títulos digitais foram lançados, conforme o levantamento da Fipe. Isso representa 9% do total de livros lançados no ano passado, que foram aproximadamente 58 mil.

Com o tema Livros Transformam o Mundo, Livros Transformam Pessoas, a edição deste ano terá três curadores principais: Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor executivo do Museu da Língua Portuguesa, e os jornalistas Paulo Markun e Zeca Camargo.

Homenagem

Entre os autores homenageados estão Jorge Amado e Nelson Rodrigues, que completariam cem anos este ano. Outra homenageada é A Semana de Arte Moderna de 1922, que inaugurou o movimento modernista brasileiro, encabeçado por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida e Di Cavalcanti.

No primeiro dia, está previsto debate sobre a Lei das Biografias, com base no Projeto de Lei 393/2011, de autoria do deputado Newton Lima (PT-SP), que estará presente. Além dele, participam do encontro o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Alessandro Molon (PT-RJ) e o escritor Paulo Cesar Araújo, autor da biografia não-autorizada do cantor Roberto Carlos, cuja venda foi proibida.

A bienal vai até o dia 18 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte da capital paulista. O horário de visitação é das 10h as 22h. No dia 19, a feira vai funcionar das 10h as 20h, com entrada até as 18h. Os ingressos custam R$12 (inteira) e R$ 6 (meia-entrada).

Professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos e crianças com até 12 anos têm direito a entrada gratuita, mediante a apresentação de documento.

Fonte: Agência Brasil

Anatel irá fiscalizar qualidade da banda larga no país

A partir de novembro, a Anatel irá fiscalizar a qualidade dos serviços de banda larga fixa e móvel no país.


Segundo o Presidente da Agência, João Rezendo, serão instalados 12 mil equipamentos para analisar a velocidade das operadoras de banda larga.

"Vamos fazer esse acompanhamento para detectar quais são os problemas na internet, principalmente nesses pacotes que são vendidos ao consumidor", afirmou, Rezendo à Folha.

A Anatel deve votar, ainda este mês, o Plano Geral de Metas de Competição, termo que determinará a concorrência de todas as empresas de telefonia, banda larga, TV e rádio.

Fonte: Redação Adnews