Trabalhadores do transporte fazem greve em cinco capitais

A greve dos trabalhadores do transporte público parou cinco capitais do País nesta terça-feira (15) - Natal (RN), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB). Em Natal, os trabalhadores do sistema ferroviário também aderiram ao movimento. Eles aderiram ao movimento nacional que reivindica reajuste salarial de acordo com o índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Greve no transporte público para cinco capitais do País
Em Natal, os trabalhadores do sistema ferroviário também aderiram ao movimento. 


Os trabalhadores de transporte coletivo reivindicam ainda plano de saúde integral; participação nos lucros e resultados e adicional noturno de 50%.

Segundo Marcos Costa Viana, da direção do pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte (Sintefern), a greve dos ferroviários no Rio Grande do Norte segue uma mobilização nacional. “Belo Horizonte e Recife já estão com indicativo de greve para a próxima segunda-feira. Iniciamos o processo no mês passado, onde houve três rodadas de negociações, sendo a primeira em Natal, a segunda em Belo Horizonte e a terceira em Recife. Nossa pauta de reivindicação consta de 132 cláusulas, sendo que as econômicas requerem o índice que foi negado e quanto às sociais, querem manter o acordo do ano passado, mas sem avanços”.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Natal funcionam com 30% da capacidade nos horários de maior movimento. A redução no serviço será mantida por tempo indeterminado, avisa o dirigente sindical.

“Há uma grande intransigência da empresa em não querer negociar nem o mínimo da perda da inflação. Também temos dificuldades nas condições de trabalho e os maquinistas e funcionários de operações em geral são os mais sacrificados com horários e escalas deficientes. O objetivo não é prejudicar os usuários, mas não temos diálogo e nos oferecem reposição salarial zero”, disse Ismael do Vale Borges, presidente interino do Sintefern.

O maquinista Pedro Gonzaga, que trabalha há 35 anos como ferroviário, sendo 28 deles como maquinista, contou que as dificuldades de negociação são frequentes. “Todo a ano a empresa não aceita nossas reivindicações e até quer tirar alguma conquistas. Desde 91 estamos lutando por melhorias. Vamos partir para o enfrentamento”.

Esquema especial

A situação é a mesma em Recife, onde foi montado um esquema especial. Os trens circulam das 5h às 8h30min e das 16h às 20h. No final de semana o horário ainda não foi definido. "Houve reclamação e com razão. É um serviço essencial e a gente entende. Mas infelizmente o governo nos empurrou para isso com a proposta de reajuste 0% para a categoria", analisou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Metroviárias e Conexos do Estado de Pernambuco (Sindmetro), Lenival José de Oliveira.

Em João Pessoa, dos 28 trens, apenas oito estão em atividade desde esta terça-feira. O serviço funciona nos horários de pico e fica totalmente parado das 10h às 16h.

A escala mínima também está sendo praticada em Maceió, que conta com 140 funcionários para atender cerca de 10 mil usuários por dia. As operações estão sendo feitas no início da manhã, da tarde e da noite.

A greve dos trabalhadores da CBTU começou na segunda-feira, em Belo Horizonte, com 100% de adesão. Depois de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os metroviários, que atendem diariamente cerca de 215 usuários, voltaram a trabalhar em escala mínima na manhã desta terça. Os funcionários acataram a proposta que determina o "funcionamento normal de todos os trens no horário das 5h20 às 08h30 e das 17h às 19h30 de segunda a sexta-feira, e das 5h30 às 9h aos sábados".

De Brasília
Com agências

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